Bruxa
Meia noite,
escuridão.
Sopra o vento,
escura sombra,
fio de voz,
bizarro som
Enrugada e branca,
longas unhas de mãos grandes.
Na janela mostra o rosto,
e a boca enegrecida
solta um suspiro esquisito
preto grunhido
Quer entrar
naquela casa,
pra roubar mais um menino,
bem quentinho
em seu abrigo.
Maga, bruxa, feiticeira,
das noites longas a vagar,
em busca de mais um pequeno
para seu castelo levar.
Horrenda verruga no nariz,
com pelo de espetar,
balança pendurada
enquanto caminha
a maga bruxa malvada...
Pela fechadura da porta
se encolhe,
escorrega a infeliz
para dentro do quarto,
passando por um triz.
Já bem perto da cama,
arregaça as mangas pretas,
e suas garras do horror
pálidas surgem,
com unhas afiadas
de cortar até o ar.
Mas o bagunceiro menino
deixa o carrinho
no meio do destino
daquela noite escura.
E um tropeção
joga a bruta senhora para o chão!
Quebra o pé e o nariz
e vai-se embora sem demora
_ Bruto, bruxo menino!
diz a maga dolorida.
E num piscar de olhos
desaparece em seguida.
( Texto e ilustração do livro: Poemas Para Assombrar - Editora Larousse).
A bruxa malvada saiu dessa toda quebrada, adorei!
ResponderExcluircarla:
ResponderExcluirlevo pra minha página.
obrigado.
romério
Sim, Romério.
ResponderExcluirObrigada pela sua simpática presença nas minhas produções..
Carla