ilust. Maria Eugênia |
Foi muito evidente perceber o quanto as crianças e adolescentes de lá eram super leitores. Cheios de referências de histórias: " Acabei de ler As vinte mil léguas submarinas" , disse uma menina de olhos muito espertos. E difícil foi coordenar tanta criança querendo contar seus livros lidos. Uma outra menina narrou todo o "Couro de Piolho" que estava no meu "Almanaque dos Sentidos" e que reescrevi a partir do texto de Câmara Cascudo. "Câmara Cascudo?" Estranharam as crianças... "Ele mesmo, que recolheu tantas histórias populares brasileiras", contei. "Ah! hum!" e risos das crianças que agora sabiam da existência do nosso Cascudo.
E, seguindo o ritmo acelerado do encontro, apresentei mais histórias do Almanaque e eles quiseram que eu contasse a aventura de Perseu e Medusa. Lá fomos nós para a morada das Górgonas. E ao terminar de contar, as crianças já sabiam que essa narrativa fazia parte da mitologia Grega. Neste momento, um garoto pediu o microfone e, ali, ao meu lado, fez uma pergunta aos leitores: "E vocês sabem como surgiu a Medusa?". Uau! Nem precisei interferir, muitos já foram falando. O garoto completava com sua versão lida e, assim, a Medusa foi mais do que "refletida"...
E, seguindo o ritmo acelerado do encontro, apresentei mais histórias do Almanaque e eles quiseram que eu contasse a aventura de Perseu e Medusa. Lá fomos nós para a morada das Górgonas. E ao terminar de contar, as crianças já sabiam que essa narrativa fazia parte da mitologia Grega. Neste momento, um garoto pediu o microfone e, ali, ao meu lado, fez uma pergunta aos leitores: "E vocês sabem como surgiu a Medusa?". Uau! Nem precisei interferir, muitos já foram falando. O garoto completava com sua versão lida e, assim, a Medusa foi mais do que "refletida"...
Uma hora me passaram um bilhete "quando você quiser encerrar, fique à vontade". Eu não queria, mas a volta para São Paulo com o motorista, Aurino, que me acompanhava em todas as cidades e bibliotecas, seria tensa, já que o engarrafamento com os trezentos carros, na Imigrantes, tinha acontecido um dia antes. E enfim, meninos me trouxeram um livro pra lá de criativo. Um livro de presente, feito por eles, sobre os cinco sentidos. Lindo, cheio de colagens provocando mil sensações.
O que posso dizer mais?
Fiquei muito feliz.
E me pergunto: "Que traçados novos criamos em nós, nos encontros nas bibliotecas, nesta Viagem Literária, neste novo mapa, nesta cartografia do imaginário?
Que beleza; né Carla!
ResponderExcluirE a gente se encantando...
nem fale, Leda.
ResponderExcluirfico tão feliz de ler depoimentos como esse, c~e nem imagina... imagina, né? Cê sabe que compartilho esses encontros. beijo grande, continue andando e encantando a meninada por ai.
ResponderExcluirMedusas refletidas, meninas se salvando de naufrágios, poesía espontánea.
ResponderExcluirNúmero 1000 de uma longa avenida de uma ilha comprida.
Onças, jacarés piando.
E até uns pássaros voltando.
sim, quase outra lógica...
ResponderExcluirOii
ResponderExcluirMeu nome é Luana Bortolotti sou a professora que mediou a produção do livro das sensações que as crianças te presentearam.
Gostei muito de ler seu texto e saber que o presente agradou. Pois esse trabalho com as crianças foi incrível, tanto para mim como para eles. Para sempre na memória de todos nós!!!
Bjim
www.arteficioss.blogspot.com
Oi, Luana,
ExcluirRealmente o encontro na biblioteca de Itanhaém foi muito bacana, e o trabalho anterior feito por vocês fez a diferença. As crianças tinham lido os livros, estavam preparadas. Foi muito interessante e instigante ver o livro das sensaçoes. Eles, leram, e produziram novos sentidos, o livro é muito criativo. Parabéns!! Abs, Carla (vou conhecer seu blog!).