Ilust. Maria Eugênia |
Era uma vez uma ilha comprida, que visitei há muitos e muitos anos atrás. Naquela época, o trabalho era visitar hotéis, restaurantes e atrações turísticas. Recém formada, e trabalhando no Guia 4 Rodas, explorava estradas, encontrava e ... desencontrava cidades. Meu roteiro: litoral sul de São Paulo.
Mês passado, quando recebi o roteiro da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, pelo projeto Viagem Literária, tive uma surpresa: algumas cidades eram as mesmas do meu primeiro percurso.
15 anos se passaram...
E, agora, um outro jeito de conhecer um território: pelos seus leitores. Ilha Comprida surpreendeu pelo super interesse dos jovens, apesar de a Bia, uma menina atenta, sentada na primeira fila, começar dizendo que ninguém mais queria ler, já que eles gostavam mesmo era do Facebook e Orkut. Ótimo comentário para o começo da conversa sobre meios, linguagens e gêneros. O papo durou duas horas, os adolescentes e jovens começaram a revelar suas preferências de leitura e até mesmo, um desejo de escrever. No final do encontro, uma jovenzinha, alta e de cabelos encaracolados, veio me mostrar poemas em seu caderno. Aliás, ela disse que iria postar um texto por aqui. Estou esperando.
Enfim:
O número é 1000, de uma longa avenida.
E é nele que mora a biblioteca.
O bibliotecário é o Emerson (Gryllo).
Da Ilha Comprida. Ampla e aberta.
Como seus moradores.
Carla, bacana esse relato da sua experiência. Adorei!
ResponderExcluirObrigada, Silvana. Beijos, Carla
ResponderExcluirEspantosa a circularidade do mundo, as tais coincidências. Soube pela minha mulher, diretora da Escola Judith, de sua viagem literária pela Ilha Comprida. Mirtes gostou muito do bate-papo que você teve com os alunos. Infelizmente, não pude estar presente, por razões de trabalho. Conheço seu Oswald de Andrade, que aliás passou por Iguape (onde moramos) em 1949, ciceroneando Camus, que por sua vez escreveu sobre sua passagem por Iguape em Diário de Viagem (Record) e escreveu ainda um conto, A pedra que cresce, constante de O Exílio e o Reino (Record), sobre a lenda do achado e lavagem da imagem do Bom Jesus de Iguape, que deu origem ao Santuário e Festa de Agosto. Pois bem, juntos viemos aqui ler suas impressões sobre Ilha Comprida e eis que dou com o lançamento da biografia do GRANDE Vital Brazil, escrita por você. Acabei de ler Nas Selvas do Brasil, do Roosevelt (Ed. Itatiaia), com páginas belíssimas e reverentes ao grande brasileiro, de quem tenho o prazer de conhecer ainda o neto, Erico Vital Brazil, presidente da Casa de Vital Brazil, que integra o Conselho Consultivo da Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) das Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena, situadas à frente de Itanhaém, unidade de conservação ambiental que chefio, analista que sou do Instituto Chico Mendes. A Queimada Grande é o lugar tido pelo mais perigoso do mundo, pela maior concentração de serpentes venenosas de vida livre. Deste fato o Vital Brazil etc. Obrigado e um abraço.
ResponderExcluirOi, Carla, veja a matéria da Escola Estadual Judith de Ilha Comprida, sobre sua passagem pela Ilha, publicada na página da Diretoria de Ensino da Região de Miracatu:
ResponderExcluirhttp://demiracatu.edunet.sp.gov.br
Agradecida.
Mirtes/Diretora da Escola Judith
Olá Carla, antes de tudo gostaria de agradecer a sua atenção, peço-lhe também desculpas pela demora, ainda mais...
ResponderExcluira sua participação na viagem literária me foi muito cativante, acredito que para todos que ali se faziam presentes.
Enfim, aqui estão a pergunta e o poema;
P. Ao escrever, por muitas vezes fazemos isto para libertar aquele nosso eu sonhador, ficcionista, porém sempre procurando ligá-lo à realidade.
para você por que isto acontece?
Poema:
Sinto algo diferente em meu interior
Algo que corrói a minh'alma
Como fogo consumidor
Labareda ardente
Vem me incendiar
Um algo diferente está a se manifestar.
Novamente lhe agradeço pela seu carinho
Atenciosamente
Jacira Costa de Oliveira
(menina alta de cabelos encaracolados)
Wilson, que prazer encontrar um leitor tão atento e que acrescenta, aqui, nesse espaço, ricas informações sobre Oswald de Andrade e Vital Brazil.
ResponderExcluirE por falar em Iguape, fiquei encantada com a cidade. Linda. Passei dias tranquilos fotografando as casas e prédios históricos. Também ouvi sobre a Lenda do Bom Jesus de Iguape no Museu de Arte Sacra.
Espero que o patrimônio Histórico de vocês seja preservado. Vi algumas construções tão lindas, mas abandonadas!
Um abraço, Carla
Mirtes,
ResponderExcluirLi a matéria. Obrigada! Foi um prazer o encontro com as pessoas de Ilha Comprida. Um abraço, Carla
Jacira, sua participação foi muito bacana no dia do encontro e, aqui, postando seu lindo texto.
ResponderExcluirTalvez a resposta para sua pergunta esteja no seu próprio poema...
Para mim, a escrita é um lugar sempre novo, onde reorganizo experiências vividas, onde dialogo com textos de outros autores. Espaço de prazer, algumas vezes, de conflito. Mas sempre, um lugar para o novo.
Abraços e continue escrevendo. Quando quiser passar por aqui e deixar seus textos, fique à vontade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigado. Pode deixar que estarei sempre postando.
ResponderExcluirComo diz Ruben Alves "Os olhos são pintores- eles pintam o mundo de fora com as cores que estão por dentro".
Os nossos dedos transcrevem aquilo que a alma sente, o que ela anseia expressar.