Um homem faz a barba em frente ao espelho. Uma mulher toca piano.
A menina de bochechas rosadas e uma maçã esquecida na geladeira.
Uma mulher emaranhada em seus tecidos.
A jovem esperando Pedro.
Os dois irmãos com poderes mágicos. A força dos elementos : a água , o fogo.
O cheiro de tabaco, a decisão de um homem.
O cheiro de tabaco, a decisão de um homem.
A paixão despertada por um perfume doce. A jovem com as sacolas na mão.
Todos desenvolveram suas pequenas narrativas. E aqui, nos comentários, abre-se um espaço para os participantes da Oficina apresentarem trechos dos textos escritos, na gostosa tarde de inverno, da última terça-feira, dia 28.
"...frente ao espelho, fazia a espuma do creme de barbear cobrir seu rosto. Em seguida, com um aparelho de barbear, daqueles antigos onde a gilete era fixada, removia aquela máscara para dar lugar à pele tisnada de sol, mas lisa na medida exata de um homem. O toque final vinha com a loção Acqua Velva, de um perfume másculo como pedia sua integridade..."
ResponderExcluirUma oficina que me fez acreditar mais em mim e em possibilidades que antes jamais cogitadas. Adorei!!Sheila Correia
ResponderExcluirMinha doce professora, aí vão dois poeminhas que fiz a algum tempo passado. É para enriquecer o seu espaço. Abraços.
ResponderExcluirPREMÊNCIA
Eu quis te ver, falar ,sentir, agora,
a lida não pede, é madrasta, ordena.
O dia logo se transforma em hora
e, à noite, paciente, te espero em pena.
Ouvir tua vóz, é carícia doce
sentir tua mão,é seduzir meu ego
mas estás distante, não consigo a posse
da razão ,do real , que ao sonho nego.
Não mais és meu amor , no verso.
És recanto de lembrança plena,
que ocupa a mente, a alma, o senso.
Mais que tudo, és tu Paixão , meu vício.
DESABAFO
Vai passar, mas no momento
não quero que passe.
Por não querer
deixei que escapasse
palavras, paixões
sentimentos quase hostís.
Se antes, era, ou foi diferente
agora, estranho,até obtuso.
? quando o coração fremente
transforma a alma ingente
em algo confuso?
Se fiz sofrimento
em ti no passado
foi sem saber, calado.
Agora quem sofre embalado,
no doce carinho ,do seio amado
é um simples mortal aqui presente.
Ângelo Lattari
REMOENÇA
ResponderExcluirCaminhava só. Os pés batiam no calçamento como os dedos martelam as teclas de um piano. Seus conflitos recentes marcavam o ritmo, ribombavam em seu cérebro tal como o badalo percurtindo um sino e davam a direção incerta de seu rumo.
O tempo gasto nesta remoença, de pensamentos insanos,não valia a pena e nem pagavam em prazer a antecipação da desforra.
Ela haveria de sentir que a vida não é um riacho doce serpenteando sob os arbustos agrestes e perfumados de uma tarde de primavera. Esse tempo já passou e foi tão gratificante que será difícil esquecê-lo.
Agora teria que ser mais duro ao tratá-la no dia-a-dia,teria que ser mais incisivo,acabaram-se os momentos de carinho.Teria que agir assim para harmonizar aquela relação de amor e ódio que vinha alimentando seu ego.
No descompasso em que estava surpreendeu-se ouvindo a própria voz,
"Traição, jamais !!!"
Carlos, Sheila e Angelo,
ResponderExcluirParabéns pelos textos! E espero que vocês sigam escrevendo. E para todos que participaram do curso, está aqui aberto o espaço para seus textos. Aguardo. Um abraço, Carla.